Sexo e Espiritualidade
Artigo de Moacir Sader
Tenho recebido muitas perguntas a respeito deste tema, especialmente de pessoas com tendências homossexuais. Elas alegam que, tendo um corpo com determinado sexo, sentem dentro de si outra sexualidade. Esta situação causa-lhes incômodo, sobretudo pelo fato de a sociedade e a religião não aceitarem o homossexualismo como normalidade.
Tenho orientado a essas pessoas a viverem a sua real sexualidade, aquela interior e não a do corpo propriamente dito. O que vale, verdadeiramente, é a energia sexual e não o sexo expresso no corpo físico.
Sei que o ideal seria as pessoas nascerem com a sexualidade energética compatível com o sexo corporal. Isso não acontece sempre. Aliás, essa distinção entre a energia sexual e o sexo do corpo encarnado tem se verificado muito comumente.
Por que acontece a dicotomia entre energia sexual e corpo físico? Tal questionamento eu me vinha fazendo, também, na procura de resposta para orientar aos que chegavam com essa preocupação. Certa vez, eu canalizei uma mensagem espiritual dando conta de que essa situação acontece com mais frequência com quem reencarna em breve tempo em relação à encarnação anterior, por trazer consigo a influência do sexo da encarnação passada, embora tenha optado por viver outra sexualidade na atual encarnação com o fito de compartilhar novos relacionamentos e cumprimentos de metas kármicas.
Ao reencarnar, para viver a sua nova vida terrena e sexual, essa influência da vida anterior acaba afetando a sua sexualidade, o que leva muitas pessoas a se tornarem homossexuais.
Além da questão acima, outra mais relevante explica essa distorção entre a energia sexual e o sexo do corpo físico, qual seja, quando o espírito foi dividido em dois, momento em que o Deus Cósmico criou as almas gêmeas, uma delas ficou com a energia masculina e a outra alma com a energia feminina.
Essa energia primordial influencia fortemente o ser terreno quando este, por questão kármica ou alguma missão espiritual, encarna em corpo diferente de sua energia sexual básica. Tal influência tem levado muitas pessoas a viverem a sua sexualidade energética verdadeira e não a sexualidade do corpo físico.
Ainda que se viva em muitas encarnações para evoluir espiritualmente, a energia sexual básica de cada pessoa (masculina ou feminina) não se altera. Essa energia original se mantém constante ao longo da eternidade, ainda que, eventualmente, em algumas reencarnações, ocorra a opção por experimentar outra sexualidade, pelos motivos já enfocados.
Então, já é possível concluir que a energia sexual não é algo ligado somente à encarnação terrena. Somos, todos, seres sexuais, energeticamente sexuais. Vivemos essa energia sexual não somente na atual vida, mas, também, em encarnações passadas e em vidas paralelas, inclusive em planos astrais superiores, ambientes em que a energia sexual se manifesta ainda mais intensa e maravilhosa. (nos romances canalizados Conspiração Interdimensional e Conspiração Interdimensional 2 - Libertação apresento a história de amor de almas gêmeas acontecida em universos paralelos)
Este processo de energia sexual binária, especialmente envolvendo as duas almas gêmeas (uma masculina e outra feminina) atua intensamente atraindo as duas almas como um ímã para poderem vivenciar essa magnífica energia em várias existências (tão intrinsecamente ligada ao sentimento amor) no caminho do progresso espiritual.
Os relacionamentos nos diversos encontros das duas almas continuarão a ocorrer até que um dia, depois de muitos reencontros dimensionais e pelos renascimentos afora, essas almas gêmeas, já espiritualmente em grau elevado, se unirão novamente para formar um só espírito (a unidade), processo denominado de chama gêmea.
Por conta dessa visão acerca das energias sexuais envolvendo as almas gêmeas, tenho defendido que as religiões, ao condenarem o homossexualismo, o fazem sem entender o processo de criação das almas e suas energias sexuais próprias, originárias.
Como Jesus disse, referindo-se aos seus algozes ao crucificarem-no: “Pai, perdoai-lhes, eles não sabem o que fazem”, caberia igualmente tal afirmativa aos que, dentro das religiões, condenam o homossexualismo como se essa manifestação da energia sexual fosse pecado ou doença.
Evidentemente, as pessoas que agem com discriminação sexual não sabem o que fazem, pois, erroneamente, aprenderam valores incompatíveis com a verdadeira espiritualidade.
O homossexualismo no sentido justo não é uma coisa, nem outra: nem pecado, muito menos doença, tão-somente influência da encarnação recente e/ou afloramento da verdadeira energia sexual pertinente a cada alma desde a sua criação, energia essa que será vivenciada ao longo da eternidade, independente dos corpos físicos que a alma possa ter em consequência dos vários renascimentos.
Há quem diga que a Bíblia é contra o homossexualismo. Não sei se isso está lá tão explícito assim. Ainda que nela possa ser encontrada tal restrição, sabemos que a Bíblia foi compilada três séculos depois de Cristo, quando muitos evangelhos foram excluídos e aqueles inseridos tiveram fortes alterações, já que Constantino queria contemplar visões das diversas vertentes religiosas e conseguir o domínio total da região do império romano. Portanto, a Bíblia, ainda que demonstre as belas passagens e mensagens especiais de Jesus, não congrega a verdade espiritual absoluta, ainda mais que, em sua formatação, sofreu forte influência política/humana daquela época.
Vale, entretanto, ser dito, tal como escrevi no livro Dias Azuis, que o amor a dois, o amor de almas gêmeas, é energia fabulosa, que sai do casal e expande para fora, afetando positivamente tudo que existe, ajudando magistralmente no processo de elevação energética do planeta.
Primordialmente por isso, Jesus e Maria Madalena, tal como já me referi neste livro, quiseram também estar juntos aqui na Terra para que esse amor energético ajudasse na grande mutação espiritual planetária, amor esse que, por ser magistral, ecoa até os nossos dias e ficará na Terra para sempre.
É importante enfatizar que o amor físico de almas gêmeas não é apenas físico no sentido literal. Esse amor físico é essencialmente energético, de intensidade fabulosa e repleto de amor singular, amor/energia que transmuta, cria uma realidade positiva, faz nascer até uma nova galáxia por ser tão poderoso conforme escrevi, de forma metafórica, em uma de minhas poesias.
No astral, tal como ensino aos meus alunos de Reiki (e eles têm vivido essas experiências), é possível visualizar as cores das energias. Assim, a bela energia que um casal de almas gêmeas expande ao meio externo é plena de beleza e flui em multicores e muito brilho, chegando até outras dimensões como várias canalizações já o comprovaram.
Aqui, novamente, vale relembrar, eu estou falando do amor de almas gêmeas, da energia masculina e feminina. Não estou referindo-me apenas ao corpo físico, à sua sexualidade fisiológica, visto que a energia é perene, o corpo não. A energia sexual é eterna, assim como eternas são as almas gêmeas e o amor que as une.
Então, o que vale é o amor, é viver a verdadeira energia sexual, independentemente de qual corpo físico esteja encarnado. Se o corpo físico é compatível com a energia sexual será ótimo, pois, não haverá a pressão social e nem religiosa comumente acometida aos homossexuais.
Pelo contrário, se energia sexual e corpo forem distintos, as pessoas devem viver a sua verdadeira energia e não sofrerem mais com a discriminação social e religiosa e até, a pior de todas as discriminações, a própria recusa de se aceitar como de fato é, de aceitar a sua verdadeira sexualidade energética.
A quem esteja nessa situação, vivendo esse dilema, digo que não deve discriminar a si próprio. Viva essa energia sexual maravilhosa, esse especial amor, seja feliz e ajude a melhorar energeticamente o planeta, plasmando, com esse fabuloso amor a dois e com essa mágica energia sexual, um mundo externo humanizado, com mais amor, respeito e compreensão, ajudando a que outras pessoas possam despertar para as diversas verdades espirituais que, infelizmente, muitos teimam em continuar mantendo encobertas.
Com isso, será possível encontrar-se em larga escala o amor incondicional praticado entre muitas pessoas terrenas, aquele amor singular ensinado por Jesus quando esteve vivendo em nosso planeta, através do qual nos legou um exemplo perfeito de como viver plenamente o cristianismo, pois, sem discriminação, amou e curou a todos que lhe pediram ajuda e o fazia sempre com muita alegria espiritual, sensação de felicidade gerada por quem vivencia o verdadeiro amor cristão.
Luz, amor e conhecimento.
Moacir Sader
Mestre de Reiki Usui, Karuna e da Chama Violeta